obumda...
banda bloco bumbo baqueta bateria bamba bando boca beiço beijo
bela brega bisca bola baba bica bossa bunda bosta brejo babilônia
belém brás bixiga blague briga bambu bombeta berro bala bombarda
..bomba...
bum!


quarta-feira, 23 de maio de 2012

mandrake!


a greve nos engrandece. eu sem trem. você com carro completamente parado. tô que não posso com meu ipodi. o som é elegante, genuíno, é rap do fino. você sua de pressa no seu dramático hidramático. quem se importa com seu importado parado na 23 de maio? rá, rá, rá. neste paradeiro conheço fernando, otávio, amanda. todos caminhando para algum lugar que não se chame trânsito. passo meio do lado do seu bólido estático. seu vidro abaixado de tanto resfriado do ar condicionado. faz eco no congestionamento a música do seu rádio que você quer esconder mas todo mundo vê. é, cidadão, essa parada nos iguala, até existe amor em sp

domingo, 20 de maio de 2012

cinco--pado




a cada cinco dias. mais ou menos exatamente assim, me apaixono e amo parte de algo ou de alguém. uma frase de desdém, uma correntinha no tornozelo, um dragão colorido ainda sangrando nas costas. duram 120 horas

faço, quase sempre, o que cada músculo quer pulsar. embora muito só percebam o que não executo. juro, rejuro, me faço de interessado – mas quero mesmo saber o porquê das pintas próximas dos mamilos. duram 7.200 minutos

sem quase dizer sílaba, som. basta um sorriso: canto canções nas madrugadas. bem baixinho, dentro do ouvido, pra não instigar também o vizinho. acompanho o trajeto de estrelas foscas grudadas no meu teto. duram 432.000 segundos

sinto que as saudades de passear de trem são tão importantes quanto comemorar a morte de juiz comprado. lamento, não, odeio ver minhas crenças de antes partidas – partido. duram 424.987.097,49 momentos

muito, não muito sempre, discordo da corda do relógio. da batedeira do cuco. tic-tac; tico-teco; bip-bip; din-don. não. engenhocas de relógio não podem me estrangular a jugular. daí que aqueles cinco dias não têm mais vez. agora são três