obumda...
banda bloco bumbo baqueta bateria bamba bando boca beiço beijo
bela brega bisca bola baba bica bossa bunda bosta brejo babilônia
belém brás bixiga blague briga bambu bombeta berro bala bombarda
..bomba...
bum!


quarta-feira, 4 de abril de 2012

nanotudo

lembre-se do desespero do atraso. da hora que não chegou, mas que parece já ter ido. sinta a dor da espera, infinita pra você, mas acelerada pra quem estiver chegando. tente perceber o quanto de audácia era ver alguém desdenhar do relógio e fazer crer que um nanonada de segundo é uma noite inteira de lua cheia. assim era ademir da guia, que em 3 de abril fez 70 anos, dias, milênios
o senhor dos bons tempos 
Ademir da Guia
Ademir impõe com seu jogo 
o ritmo do chumbo (e o peso), 
da lesma, da câmara lenta, 
do homem dentro do pesadelo.

Ritmo líquido se infiltrando 
no adversário, grosso, de dentro, 
impondo-lhe o que ele deseja, 
mandando nele, apodrecendo-o

Ritmo morno, de andar na areia, 
de água doente de alagados,

entorpecendo e então atando
o mais irrequieto adversário

(João Cabral de Melo Neto)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

parque pedregoso


morrer de sede na bica da cachoeira. esta foi a sensação que tive, hoje de manhã, passando pelo parque dom pedro II, bem no centrão de são paulo, pertinho da 25 de março, do mercadão municipal, um dos pontos turísticos mais famosos de sampa. está que dá dé di dá dó. se você está virado pra um lado, vê a arquitetura de antão, alguns prédios, quase nenhum, conservados, um ar de até saudade. tá tudo ali, lindo a me abastecer. mas vupt! virou pro outro lado, pode cair de costas pelo fedegoso rio tamantuateí e/ou abandono do parque, mato, entulho, buraco que envergonha até o rato. é como ser passarinho e não ter árvores pra sassaricar  daqui pra lá e, no meio do sobrevoo, lançar uma merdinha qualquer na cabeça de alguém