obumda...
banda bloco bumbo baqueta bateria bamba bando boca beiço beijo
bela brega bisca bola baba bica bossa bunda bosta brejo babilônia
belém brás bixiga blague briga bambu bombeta berro bala bombarda
..bomba...
bum!


segunda-feira, 11 de novembro de 2013


zurroada

no meio do burgo
atolado no esgoto em correnteza, a nova voz (?) tenta ecoar a nova-boa:
“precisamos de gestos doces, de nobreza!”

era o que faltava, e precisava, pra alguém destilar – e desde quando se combate a pobreza se existe nobreza?


em todo o burgo, só flutua o som da risada de zurro > burro 

domingo, 16 de setembro de 2012

sobremedido

tenho esse rosto porque desaprendi de medir

distâncias / suores / afetos

desaprendi de não me lançar
da onda / penhasco / pontes


desaprendi de, mesmo tudo doendo,
não olhar pro outro lado
da praça / do bloco / do fosso

é o que tenho
acho que não é pouco
é tudo que posso
e passo adiante               






pede tango


como ambos não sabemos
 quem sabe aprendamos
em laços, em nós
 quem sabe esses pés andarilhos
 não se aquietam
num quadrilátero...

 flutuante

(a quem interessar possa)
 a trilha é esta aqui, lasca astor!

bombásticaela

saindo pra ir atrás dela
a cavalo
a barco
a calhambeque de manivela

pra evitar que hiroshima, explodida
apareça, essa danada escondida
essa bandida!

fervente



o pior inverno
 é o interno

sou combustão
 te acho, verão

quinta-feira, 21 de junho de 2012

um querer querido

                                                   foto de jerry rodrigues

um tanto tempo
nunca se controla
de parir espanto
não se sabe hora

bamboleia e baila
gente que disfarça
quadril que queima
apetece a praça

balança na ladeira
parou com o pranto
sorri meio inteira
inicia um encanto

rimou no respiro
brilha feito um sol
reage em arrepio
melodia em bemol

nunca se encontrou
sempre se passando
até que se trombou
ó o mundo rodando



segunda-feira, 18 de junho de 2012

de quando mudar é morrer

eu, e uma pá de gentes
éramos, somos
e continuaremos sendo contra
o estupra, mas não mata

eu, e uma pá de gentes
éramos, somos
e continuaremos sendo contra
a rota na rua

eu, e uma pá de gentes
éramos, somos
e continuaremos sendo contra
quem nunca foi a favor

eu, e uma pá de gentes
éramos, somos
e continuaremos sendo sempre
o que nos orgulhou um dia